– Ou a vacinação no Algarve é prioritária a nível nacional, depois dos grupos de risco no país, ou no mínimo 110 milhões de euros a fundo perdido para as microempresas para evitar a derrocada.

1.Já com o fim do primeiro semestre à vista, o balanço não podia ser pior: profunda crise económica e social com os piores registos do país quanto a prejuízos e baixos apoios face à profunda crise, tendo em conta que em percentagem as quebras são as maiores, conclui a Assembleia Geral da União Empresarial do Algarve realizada no final da semana.

Por outro lado, a projeção para o curto/médio prazo dos principais indicadores é de nula recuperação em relação a 2019/2020 e com registo da maior quebra do rendimento regional para qualquer região do país, assim determinado pela total dependência do turismo.

O problema económico do Algarve tem um carater sistémico, em que ou o turismo funciona e o resto da economia vai a reboque, ou não há fluxo turísticos suficientes e é o descalabro que agora se vê.

Deste modo, ou se tomam medidas para captar fluxos turísticos estrangeiros (além dos nacionais) e os apoios estatais necessários podem considerar-se de dimensão apenas razoável, ou eles não existem e para evitar a derrocada os apoios terão de ser muito significativos e injetados diretamente nas veias do tecido empresarial. Por isso, a Algfuturo sempre defendeu a urgência da vacinação no Algarve, imediatamente depois de ser ministrada a todos os grupos de risco no país. Esta é a solução que um poder com coragem e com logica de ação deve tomar e que certamente os Portugueses compreenderiam pois sem isso é a penúria.

Não se optando por esse caminho (vacinação a terminar em finais de junho) precedida por uma forte promoção face a esse pressuposto seguro, então assumindo o Estado a sua responsabilidade de pessoa de bem e que zela pelos seus cidadãos de forma justa e equitativa, terá de injetar na economia regional entre o segundo semestre deste ano e o primeiro semestre do ano que vem uma verba nunca inferior a 110 milhões de euros destinado a fundo perdido para apoiar as microempresas de todos os setores, nos casos em que tenham um prejuízo em relação ao período homologo em 2019 superiores a 40%.

As primeiras verbas deverão começar a ser já disponibilizadas em maio/junho deste ano.

Apenas deste modo se evitará o desaparecimento da maior parte das 70.000 microempresas.

2. E insistimos que têm de ser tomadas medidas de fundo para arrancar o turismo à massificação, tornando-o mais competitivo, e diversificar o tecido produtivo em geral ou pura e simplesmente não há futuro.

Como sempre, a Algfuturo está disponível para cooperar e dialogar com as entidades oficiais.

Com os melhores cumprimentos

A Comissão Executiva da Algfuturo

13.04.2021