– ALGFUTURO cria condições para informação empresarial na prevenção e planos de contenção (Tel. 910167925, Lídia Daniel)
– Noutro plano, reclama DUAS DECISÕES MAIORES (novo Hospital Central e Água) e mais cinco, entre elas via verde para espanhóis entrarem de imediato no Algarve sem pagar portagens (como desde há muito defendemos)
– ALGFUTURO com atitude pro-ativa cria GRUPO de ANÁLISE SOBRE IMPACTOS DO VÍRUS e convida empresários e outros cidadãos a enviarem informações
A) A União Empresarial do Algarve – ALGFUTURO, tem acompanhado atentamente as mortes, doentes e crise global já provocadas pelo vírus e manifesta a sua solidariedade ao resto do país e ao mundo.
Sem alarmismos, mas sendo conhecedores profundos da economia e sociedade algarvias, face aos indicadores disponíveis e projeção dos impactos multiplicadores, o sentido de responsabilidade e uma atitude pro-ativa minimizadora de danos, obrigam a fazer, fazer uma primeira análise: a) anunciando as iniciativas que vai tomar; b) salientando que a pandemia se não for controlada até ao fim de março, pelos efeitos negativos no turismo conjugados com as debilidades estruturais da região, pode provocar uma situação económico-social explosiva, mais grave que noutras regiões; c) incitando os poderes públicos a criarem de imediato uma Comissão de Acompanhamento de carácter transversal, face aos impactos já sentidos e outros em desenvolvimento.
B) INICIATIVAS DA ALGFUTURO QUANTO AO VÍRUS
Grande parte da solução passa pela prevenção rigorosa, conforme cuidados exaustivamente repetidos pelos órgãos de comunicação social, para evitar o contágio.
De qualquer modo, face a dúvidas que surjam, bem como planos de contingência necessários, a ALGFUTURO em colaboração com empresas da especialidade suas associadas, criou condições internas e de cooperação para dar uma informação aos empresários (LÍDIA DANIEL, tel. 910167925; e-mail, algfuturo@gmail.com.)
Internamente: suspensão da Assembleia Geral que estava convocada; não atendimento pessoal; trabalho dos colaboradores em casa; conversas a um metro de distância; telefones individuais para cada colaborador; etc. Serviços continuam a funcionar.
C) MEDIDAS A TOMAR PARA O ALGARVE: CRIAR UMA COMISSÃO DE MONITORIZAÇÃO
Num quadro em que económica e socialmente (assente numa análise objetiva) a situação pode desembocar numa dimensão explosiva ainda mais grave do que no resto do país (por razões de fundo que se resumem) além de outras medidas a tomar pela Comissão de Acompanhamento, ALGFUTURO avança desde já com DUAS DECISÕES MAIORES, mais cinco que o Algarve justifica e reclama. Por outro lado, ALGFUTURO cria GRUPO DE ANÁLISE e está a fazer recolha e tratamento de informação, fazendo-se o Convite público para que cada empresário e cidadãos em geral, por telefone ou emai, façam chegar o que considerarem serem efeitos económicos ou sociais provocados, ou desencadeados, por esta crise e medidas que forem oportunas.Tudo será tratado confidencialmente, se assim o desejarem.
DUAS DECISÕES MAIORES: avançar em definitivo com novo Hospital; garantir estabilidade no abastecimento de água com urgência.
1ª- Linha de crédito para tesouraria rápida e simplificada e apoios especiais para encargos com recursos humanos das empresas, se situação se prolongar.
2ª – Preparar desde já campanhas de promoção específicas para o turismo no Algarve, para lançar imediatamente a seguir à declaração do fim da pandemia.
3ª – Campanha particularmente forte na Andaluzia, em que de imediato, por superior interesse regional e nacional, as portagens para os espanhóis sejam suspensas, para atenuar os efeitos das quebras de fluxos turísticos, geral aos países emissores.
4ª – No âmbito do novo Quadro Comunitário de Apoio, aposta forte na diversificação do tecido produtivo, atenuando a quase exclusiva dependência económica do Algarve do turismo, directa e indiretamente, a rondar os 80%, e consequências no emprego.
5ª – Ainda no âmbito do novo QCA, definir e implementar um Plano Integrado para o Interior e Serra do Algarve e Zonas confinantes do Alentejo, que conjugando várias atividades e apoios garanta a sustentabilidade vegetal e presença humana, travando a desertificação, como ainda recentemente foi enfatizado nas Jornadas do Mundo Rural em Alcoutim, em que ALGFUTURO participou.
RAZÕES DE FUNDO QUE TORNAM UM ALGARVE DE GRANDE POTENCIAL E RIQUEZA, NUMA REGIÃO SUB-APROVEITADA E ESTRUTURALMENTE FRÁGIL
Naturalmente, a prolongar-se o quadro mundial conhecido ,os impactos serão diferentes de país para país e de região para região, em função da solidez estrutural existente. E pelos estudos que ALGFUTURO tem feito e tornado públicos, as vulnerabilidades estruturais do Algarve são das maiores entre as várias regiões do país, confirmado por vários indicadores.
Resumidamente, temos:
a) Problemas crónicos na saúde, com o novo Hospital Central sempre adiado, e problemas sociais complexos.
b) Problemas/incertezas e preocupação no abastecimento de água para diversos fins, embora a região disponha de recursos ( em curso)
c) Economia dependente em cerca de 80% do turismo e também grande parte do emprego.
d) Forte sazonalidade, condicionando a rentabilidade empresarial, inovação e novos investimentos, bem como os níveis de remuneração e estabilidade do emprego.
e) Região mais periférica de *Portugal continental e portagens “barrando” a entrada aos 8,5 milhões de andaluzes nossos vizinhos.
f ) 2/3 do Algarve muito desertificado e empobrecido.
g) Região com baixíssimo grau de inovação tecnológica.
Sendo certo que também há pontos muito fortes, desde a Universidade, ao nosso clima e excelente oferta turística, potencial agrícola, etc, é óbvio que perante tantas limitações, a riqueza produzida é muito inferior ao potencial disponível e, perante crises que afetem o turismo, os equilíbrios, que já são apenas aparentes, desmoronar-se-iam com feridas profundas.
Cumprimentos e apelo à MÁXIMA PREVENÇÃO CONTRA O VÍRUS
O Presidente da ALGFUTURO
( José Vitorino ) Tel. 917191840