– Em horas de debates  alargados houve grandes consensos, sendo urgente definir as poupanças e origens da água até a “Solução Guadiana” estar pronta

Pela vida e progresso económico e social do Algarve, fechou ontem em Lagos o maior ciclo de debates na região para qualquer tema e com forte participação cívica de lés a lés: O PROBLEMA DA ÁGUA.
Foram 30 dias de intensa mobilização iniciada em Tavira, Faro e Silves  em que durante longa horas  “sem peias nem ameias” todos expressaram os seus medos e opiniões, num quadro em que em que a água já é pouca e a chuva tem sido pouca ou nenhuma. Por isso, se olha com esperança para o S. Pedro, mas sobretudo se espera e acredita que os poderes públicos conscientes dos desencadeiem de imediato medidas, para evitar o ditado por alguns lembrado “depois de casa arrombada, trancas à porta“. É indispensável um cronograma temporal com água garantida .
Estas Sessões foram uma iniciativa conjunta da UNIVERSIDADE e da ALGFUTURO, decorrendo em paralelo um grande debate sobre alterações climáticas na UALG, enquanto a ALGFUTURO definiu como objetivo fundamental de curto prazo a “Solução Guadiana”, tendo para o efeito solicitado um parecer ao reconhecido especialista Professor Doutor António Carmona Rodrigues, que avalizou o Guadiana como fonte de reforço e definiu um pré-estudo concreto. A ALGFUTURO está agora a trabalhar nos prazos e recursos de água quantificados para que o risco de desgraças seja ZERO
Num momento de balanço, só uma palavra pode definir o que se passou: EXCELÊNCIA em todos os aspetos: organização; mobilização; civismo; propostas; participação autárquica e grandes consensos.Aliás, são gratificantes para os promotores, as palavras de incentivo e parabéns, que se agradecem publicamente.
FIZEMOS O QUE CONSIDERAMOS SER UMA OBRIGAÇÃO, NUM MOMENTO DE ENCRUZILHADA HISTÓRICA!
Aliás, numa perspetiva histórica, José Vitorino recordou que para vencer aqueles que há quase 40 anos se opunham à criação da UNIVERSIDADE (de que como Deputado foio primeiro subscritor do Projeto de Lei e dinamizador de iniciativas e propostas), a última reunião pública com o seu colega Cristóvão Norte foi precisamente em Lagos, esperando que a histórica e bela cidade de Lagos também agora seja talismã.
Pelas muitas intervenções e propostas feitas, sem prejuízo de outros aspectos uns de carácter mais geral ou específicos localizados, financiamentos, etc, em vários domínios ficou apurada a posição dominantes a seguir, que se poderá  resumir assim :
– PARA EFEITOS IMEDIATOS-combate às perdas da rede ; poupanças no consumo em todas as frentes: doméstico, agricultura, turismo, espaços públicos, piscinas, etc.; e utilização de águas subterrâneas de forma controlada.
 PARA EFEITOS A CURTO PRAZO- recurso à água do Guadiana (obra de cerca da ano e meio)
– PARA EFEITOS DE MÉDIO E LONGO PRAZOS dessalinização, reutilização das águas residuais, barragem da Foupana e médias e pequenas barragens e açudes.
Preocupação expressa por vários participantes foram os pomares de abacateiros referindo terem efeitos de elevado consumo de água e problemas ambientais. Foi assinalado que os dados oficiais apontam para consumos semelhantes aos citrinos, tendo o Sr. Presidente da Câmara referido que está a preparar um pedido de parecer sobre o assunto.
Presidiram aos trabalhos os Presidentes das Câmaras de Lagos e Aljezur, o Magnífico Reitor e o Presidente da Algfuturo.
Cumprimentos
A Comissão Organizadora.