– Algarvios consideram-se no direito de esperar ação “rápida e em força” dos poderes públicos, foi manifestado na Sessão em Faro
A consciencialização das populações face à seca severa que afeta a região, foi tónica comum de preocupação nas intervenções, face às incalculáveis consequências em cascata que resultariam de eventuais quebras no abastecimento.
O debate prolongou-se durante toda a tarde de sábado com importantes contributos, havendo fortes preocupações, mas felizmente com soluções, para efeitos quase imediatos e no médio e longo prazos.
Foi também unânime que, por um lado, a água é um bem público a que todas as regiões e pessoas têm direito e, por outro, queo Algarve pelo contributo dado aos cofres públicos, seja com cerca de 8.000 milhões de euros em divisas do turismo, seja em exportações de bens, faz com que os algarvios se sintam com o direito de estar certos que “rapidamente e em força” os poderes públicos passarão à ação. Também é de ter em conta outros problemas complexos com que o Algarve se confronta.
Nesse sentido, foram apontadas soluções, salientando-se no médio e longo prazo: a barragem da Foupana e pequenas e médias barragens (previstas no Plano Diretor de Abastecimento de Água ao Sotavento, na década de 80, mas sempre adiadas), a dessalinização, reutilização das águas residuais na agricultura, campanhas de sensibilização numa perspetiva de sustentabilidade, etc. Para começar, já.
Para efeitos imediatos: medidas de que resulte diminuição do consumo, recurso a captações subterrâneas onde haja condições, redução de perdas na rede em baixa e a medida de maior impacto, que é o recurso ao “transvase” transferência) de água a partir do Alqueva (Pedrógão), que permitirá reforçar todo o Sistema no Algarve, de Sotavento a Barlavento. A Comissão Organizadora referiu que, conforme seu objetivo e mandato das populações, fará todas as diligências onde for preciso para que não falte água.
Foi salientada a importância do Turismo em todos os aspetos, o que obriga a que esteja salvaguardado de qualquer turbulência. Bem como a agricultura, pelo valor gerado e avançadas tecnologias, reconhecidas pela União Europeia e pelos mercados. No conjunto, estão envolvidos muitos milhares de milhões de euros, não havendo espaço para se correr qualquer tipo de risco.
Estas Sessões Públicas são iniciativas conjuntas da UNIVERSIDADE do Algarve e da ALGFUTURO, tendo presidido à de Faro, o Presidente da Câmara Municipal, participando também o Magnífico Reitor, o Presidente da Câmara de Olhão (também Presidente da AMAL), o representante da Câmara de Loulé, o Presidente da ALGFUTURO, outros autarcas, outros membros da Comissão Organizadora, dirigentes da Algfuturo e de outras Associações, etc.
Foi salientado que esta causa mobiliza todos os algarvios, tendo como únicas bandeiras o Algarve e Portugal, independentemente de ideologias. É UMA CAUSA MAIOR !
Cumprimentos
A COMISSÃO ORGANIZADORA

