– Perante portagens que são garrote à entrada de centenas de milhar de andaluzes, e BREXIT que estrangula centenas de milhar dormidas  de britânicos, é preciso acautelar para evitar a asfixia económica e social.

Com o argumento manipulador da igualdade de tratamento entre regiões e não discriminação para aplicação das portagens, o Algarve foi enganado e tem sido severamente prejudicado desde finais de 2011 pelo garrote provocado aos 8,5 milhões de andaluzes(sobretudo no Algarve Central e Barlavento),e cuja presença é indispensável à nossa economia e emprego. Acrescido agora com o garrote dos efeitos negativos do Brexit (mais a recuperação dos mercado mediterrânicos), estamos a ser empurrados para uma situação sufocante, pelo que algo de significativo tem que ser feito, não chegando  lamurias e “votos piedosos” que nada resolvem. Está em causa a necessidade de consumidores para a capacidade instalada em alojamento, restauração, comércio, serviços e produtos da pesca/mar, agricultura, etc.
Mais uma vez as portagens foram debatidas no final da semana no Parlamento, mas mais uma vez ficou tudo na mesma e mais uma vez questões de fundo não foram apresentadas  pelas entidades públicas, num quadro em que numa economia sazonal em que 2/3 dos negócios são gerados em quatro a cinco meses e no resto do ano o estado geral é de letargia, comprometendo a gestão empresarial, os empregos e remunerações e provocando altos encargos nas infraestruturas públicas. É por isso que os fluxos de centenas de milhar de andaluzes como visitantes ou turistas são condição vital.
No caso das portagens,ao contrário do praticado, o princípio da boa gestão e da justiça é ” tratar de forma diferente, o que é diferente”, assente em estudos que se fazem nos países modernos e com desenvolvimento em coesão nacional, em vez de meras afirmações politicas e ações pontuais, como em Portugal.. Ora, no caso do Algarve, como não foi feito pelas autoridades qualquer estudo (Algfuturo já o fez), o resultado é funesto. Não se querem privilégios mas racionalidade e justiça.
Assim, até à extinção total das portagens na Via do Infante,como ponto de partida para se sair de um beco com mais de sete anos e que nos vai destruindo, além de outras medidas, de imediato tem que ser dado um primeiro passo, com entrada e circulação com custo zero dos andaluzes no Algarve e entrada dos algarvios em Andaluzia. É de ter em consideração que o Algarve e Andaluzia são regiões quase ultra periféricas.
Nesta análise, têm que entrar ainda mais duas variáveis fundamentais:
 a).Em Andaluzia, grandes cidades estão mais perto do que o  Porto, e Huelva e Sevilha  mais perto que Lisboa. Os portugueses são muito bem vindos, mas estes milhões amigos têm que ser atraídos e não afastados, num país em que nas vias rápidas não se pagam portagens e nas autoestradas está em marcha a mesma prática.
b ) É de ter em conta ainda os milhões pagos às Low Cost e com promoção feita noutros países (insuficiente, apesar de tudo), para se concluir que um certo desprezo pela Andaluzia, aqui tão perto, não pode continuar.
 Cumprimentos
A Comissão Executiva da ALGFUTURO