– Associação é parceiro social inovador com uma visão estratégica para economia, empresas e emprego e anunciou preparação de Bases de um Programa de Reformas para o Algarve. A chave para desatar o nó e vencer a inação é a Região Administrativa Piloto.
1.Perante o pavilhão do Instituto D. Francisco Gomes lotado com cerca de três centenas de participantes com várias entidades civis e militares( em que as bebidas regionais foram rainhas) numa jornada de profunda reflexão pelo Futuro do Algarve e de Portugal, foi lida a Mensagem com que S. E.xa o Presidente da Assembleia da República honrou a Algfuturo e o Algarve ao associar-se às Cerimónias do 1º Aniversário.
A Mensagem, dirigida ao Presidente da Algfuturo, que se resume, expressa parabéns e deseja os maiores sucessos, salientando que “a vitalidade social e económica das regiões depende sempre das politicas públicas mas não dispensa a força inovadora dos setores mais dinâmicos da sociedade civil”.
Sobre a associação e seus dirigentes refere “A Algfuturo é uma associação cívica, empenhada na vida das empresas e nas causas sociais e culturais que mobilizam os algarvios.” O Dr. José Vitorino é um desses cidadãos empenhados, que nos habituámos a respeitar pela defesa dos interesses da sua região, quer enquanto autarca, quer enquanto deputado, quer enquanto membro ativo da sociedade civil algarvia”.
2.O anfitrião do Instituto, o seu Presidente António Barão,deu as boas vindas e em traços gerais deu a conhecer a grande obra social desta IPSS, já centenária, justamente distinguida várias vezes como uma das melhores estruturas de economia social do país.
3.O anfitrião municipal, o Presidente da Cãmara de Faro, Dr. Rogério Bacalhau, destacou o papel de Faro como polo cultural e de vitalidade económica, atraindo cada vez mais investidores e turistas e contribuindo para a dinamização do Algarve e com incremento crescente das relações com Andaluzia.Nesse contexto, congratulou-se com a criação da Algfuturo e capacidade dos seus dirigentes, manifestando disponibilidade em coooperar.
4.Também marcou presença e usou da palavra o representante máximo do turismo regional e nacional, Desidério Silva, Presidente da RTA e da Associação Nacional de Turismo. Registou a força e representatividade das presenças e sendo conhecidas as dificuldades em mobilizar os diferentes agentes fez votos para que seja possivel fazer trabalho em rede.Mostrou-se satisfeito pelo evolução muito positiva do aumento do número de dormidas este ano. Salientou que perante os problemas que o Algarve ainda tem de vencer o papel das associações é importante, mas nos aspetos essenciais a sua intervenção e diligências e da RTA junto do poder central devem ser no mesmo sentido, para haver maior eficácia.
5.Intervenção importante e aguardada com expetativa, foi a do Presidente da CIP-Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, membro do Conselho de Consertação Social, que fez uma detalhada análise da economia e vida empresarial, nomeadamente, no aproveitamento das potencialidades do mar e da terra, internacionalização/exportações,inovação, investimento, financiamento/recapitalização sobretudo das pequenas e micro-empresas, etc.
Depois de salientar que no Conselho de Consertação Social há dez temas em discussão cobrindo práticamente todas as áreas, deu destaque a três aspetos:
-Reforma do Estado, reduzindo custos de funcionamento.
– Reduzir a balança das importações em setores em que Portugal é altamente competitivo e tem grande capacidade exportadora.
-Conseguir junto dos partidos com assento parlamentar consensos, para que as reformas legislativas, em particular no plano fiscal, tenham estabilidade para além de uma legislatura.
6.Encerrou o período de reflexão do Encontro o Presidente da Algfuturo, Dr. José Vitorino, que depois de felicitar os presentes pela força que deram na luta pelo Futuro do Algarve, apresentou a visão estratégica da associação empresarial para a economia, empresas e emprego, salientando que o Algarve é uma região abençoada pelo potencial natural e humano, mas em que a inação e esquecimento de décadas do poder central deixaram afundar. E é neste contexto que a Algfuturo se assume de pleno direito e em atividade como parceiro social, seja através do Protocolo com a UALG, cooperação com a AMAL já falada,colaboração com a RTA e CCDRAlgarve, entendimentos de colaboração com vários Munícipios que já demonstraram interesse e outras entidades,e disponibilidade perante todos os demais agentes locais, regionais, nacionais ou transnacionais. Algfuturo será sempre um parceiro construtivo, frontal mas leal, pela realidade e pelo futuro.
Salientou que o Algarve se confronta com três paradoxos:
– O potencial é excecional, mas embora haja algum “paraíso”, são enormes os estrangulamentos, com muito “purgatório” e “inferno”.
– São grandes as dificuldades, mas o poder central e o resto do país acham no geral os residentes vivem bem, o que não é verdade.
– A União Europeia mete-nos o rótulo de região não desfavorecida e receberemos menos cerca de mil milhões dos fundos do Portugal 2020.
Depois da demonstração de alguns problemas e soluções, o Dr. José Vitorino referiu que a grande chave para desatar o nó é a criação da Região Administrativa Piloto do Algarve. Mas anunciou que a Algfuturo não vai ficar de braços cruzados sem nada fazer enquanto não houver Região e que avançará com a sua parte de contributo preparando Bases para um Programa de Reformas para o Algarve.
Sobre as questões que estão na ordem do dia, a associação tornou públicas as suas posições:
.- Congratulação pela boa conjuntura turistica, mas sem distrações sobre o essencial.Já se assistiu a muitas boas conjunturas durante as ultimas décadas mas passaram e por vezes até se ficou pior. As análises mostram que a sazonalidade se tem agravado. Por isso, há que atacar os problemas estruturais, pois basta a crise mediterrânica se resolver ou a libra desvalorizar( e ninguém sabe o que acontecerá no referendo sobre a saída da UE), e tudo ficará outra vez de pantanas.
– Apelo para que seja travada a loucura de quererem transformar o Algarve num enorme estaleiro no mar e em terra e com a exploração de petróleo e gás com máximo risco para o turismo, pescas, agricultura, etc. O que o Algarve precisa é de soluções para os muitos problemas que já tem, em vez de descarregarem mais problemas sobre os problemas.
– Repúdio pela politica de “chicote” da União Europeia com ameaças perante os mais fracos, seja com ameaça de sanções ou de outro género.
30.5.2016
Cumprimentos
A Comissão Executiva da Algfuturo