– Tem que saber toda a verdade, para que haja no Algarve medidas estruturais e a região seja notícia por prémios de excelência na saúde em vez de o ser por mortes evitáveis.

O Algarve exige cuidados de saúde prestados com eficácia, prontidão e eficiência: por direito das populações; para dar resposta aos turistas; e necessidade imperativa da boa imagem da região para captar turistas. Porém, no Algarve desde há muito que é tudo ao contrário e com evolução para pior, como a Associação Algfuturo tem demonstrado nos estudos feitos e contestado públicamene perante o estado degradante da situação.
Por isso,para a União pelo Futuro do Algarve  a presença do Sr. Ministro da Saúde no Algarve no final da semana na posse do novo Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve e dando a cara por mudanças significativas já até  Maio, logo com Protocolos com outros Hospitais fora do Algarve para atenuar os grandes atrasos nas cirurgias e consultas, é um bom sinal que Algfuturo saúda. Quanto ao Conselho de Administração, a Associação deseja-lhe as maiores felicidades e com disponibilidade de colaboração.
A Algfuturo faz no entanto salientar que seja transmitida ao Sr. Ministro e assumida toda a verdade  da extrema gravidade da situação, com consultas que nalgumas especialidades atingem dois anos de espera e cirurgias  com demoras de mais de meio ano, sobretudo em consequência da falta de cerca de 400 profissionais. Está-se a funcionar com cerca de um terço dos profissionais necessários, enquanto anualmente são pagos milhões aos Hospitais privados para operar doentes inscritos na rede pública e médicos especialistas formados no público saem para os privados.
Os problemas são estruturais e muito profundos, num quadro em que no essencial o Algarve tem que dispôr dos meios próprios necessários, sendo secundária a discussão sobre se deve ou não manter-se o CHA.
A União pelo Futuro do Algarve considera que o problema são as questões de fundo, que resumimos:
– Avançar com rapidez com o Hospital Central, no Parque das Cidades.
– Garantir bons serviços aos utentes em geral, de igual nivel em toda a região, de Sotavento a Barlavento.
– Dotar as unidades públicas dos meios humanos necessários, captando-os nomeadamente através de fortes incentivos justificados pelo colapso de degradação acumulada a que se chegou que justificam essas  discriminações positivas.
– Adequados meios técnicos e condições de trabalho, com valorização e diferenciação/compensação dos profissionais mais capazes pela sua qualidade e méritos.
O objetivo final é que pelo serviço prestado, o Algarve deixe de ser notícia pelas mortes e sofrimentos evitáveis, a honra e bom nome dos profissionais sejam salvaguardados e a região seja notícia pelos prémios de excelência na saúde que venha a conquistar no futuro.